Caraíva - Impressões


Como já escrevi algumas vezes sobre aspectos práticos de Caraíva, dessa vez vou escrever sobre minhas impressões.

Caraíva é um paraíso parado no tempo, um lugar que resiste a passagem dos anos com o mesmo charme de antigamente. O progresso chegou (luz), mas não mudou muita coisa. As ruas continuam escuras, o céu o mais estrelado que eu já vi, os restaurantes são os mesmo, as pousadas se recusam a colocar uma TV em casa quarto. Todo esforço é feito para proteger e preservar.

A vida em Caraíva tem um ritmo particular, lento, preguiçoso. Vida de Caraíva (para turistas) é acordar, caminhar até a barra, tomar um banho de rio, deitar em baixo de uma barraca, tomar uma água de côco, comer um acarajé da tia Isabel. A tarde caminha-se até a praia, estende-se a canga em frente à Barraca do Côco, ouve um sambinha ao vivo de primeira qualidade.

Quando o sol começa a cair, dirige-se ao Boteco do Pará para comer um pastel de camarão, tomar uma cerveja e ver o pôr-do-sol. Depois um soninho para descasar e se preparar para o forró. A meia-noite é hora de acordar e sair pro Forró, encontrar os amigos, beber uma catuaba e dançar até amanhecer. Após o Forró, depois de ter gasto muita energia é hora de uma parada na padaria, para o último drinque ou café-da-manhã, vendo mais um dia esplendoroso amanhecer. E assim são todos os dias, mágicos.

Vida em Caraíva é uma grande comunidade, como é uma vila muito pequena, após alguns dias todas as pessoas se conhecem e se encontram nos mesmo lugares, conversam riem, partilham. E ano após anos, encontra-se sempre os mesmos amigos, com muito prazer.

Quem vai a Caraíva uma vez, sempre volta. Eu pelo menos, todos os anos, no Carnaval ;)


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